sábado, 15 de setembro de 2007

Educação a Distância: uma opção para o Brasil

Aposta de universidades e do governo federal,
a modalidade teve aumento de 151% nas
matrículas em três anos. Mas a qualidade ainda
é questionada por quem defende que o melhor
aprendizado é o presencial

O cenário de uma aula já não começa, necessariamente, com o giz e o quadro negro. Quando o assunto é aprendizagem, o mouse e o teclado também podem ser referências importantes no Brasil. A educação a distância (EAD) ganhou fôlego jamais visto no país e alcançou, em 2006, a marca de 778,4 mil matrículas. O número representa mais do que o dobro do total de alunos em 2004, 309,9 mil – aumento de 151,1% em três anos, conforme levantamento da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).

Nesse contexto, a Universidade de Brasília (UnB) ocupa posição de destaque. Foi recordista, em 2006, no número de alunos, com 75,6 mil estudantes – o equivalente a mais da metade do registrado no Centro-Oeste (55,6%) e a 24,7 mil a mais que o total de matrículas no Norte do país. Pioneira no Brasil na produção de conteúdo para a modalidade, a instituição opta por cursos a distância para mais vagas na graduação e na pós, assim como para chegar a regiões onde há pouco acesso à educação superior.

A EAD também é a aposta do governo federal, que, desde 2005, vem criando políticas para o setor. A principal delas, a Universidade Aberta do Brasil (UAB), apresenta modelo “tipicamente brasileiro” para a consolidação de cursos de graduação a distância, com menor custo por aluno. O projeto faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e prioriza a formação de professores. Os recursos alocados na proposta, em 2006, aproximaram-se dos R$ 30 milhões. Este ano, devem ultrapassar R$ 150 milhões.

Mas, embora se encontre no centro das discussões para a democratização do acesso ao ensino superior no país, a EAD enfrenta os mais de 500 anos de tradição do ensino presencial. O desafio é consolidar novos parâmetros para o processo de aprendizagem, que superem o preconceito e ultrapassem a falta de convivência social. Os cursos a distância requerem modelos pedagógicos diferenciados, que exploram as possibilidades tecnológicas para garantir propostas interativas. Além disso, trabalha-se com um novo perfil de aluno, mais participativo e autônomo em relação à própria formação.

Fonte: UnB Notícias, Ano 10 nº 80 pág. 9, Acessoria de comunicação social da UnB

2 comentários:

@Juliana Olivério@ disse...

Olá Márcio,
com relação à EAD, no que se refere à consolidação de cursos de graduação a distância por meio do UAB, projeto que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), e com relação à democratização do acesso ao ensino superior no país, acredito que além de pensar a tradição do ensino presencial, também é muito importante pensar, por exemplo, em outro programa do PDE, que é o programa Luz para todos. Acredito que falar em democratização signifique muito mais do que aumentar o número de vagas. Como podemos falar em democratização do ensino superior, se centenas de escolas de ensino fundamental e médio não tem nem mesmo energia elétrica? Isso não é meio contraditório?

Anônimo disse...

nossa.. aki tem muita informação q eu nem sabia!! por exemplo da uninove